segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Experiência do olhar com o Papa Francisco na Catedral do Rio de Janeiro


Faltam-me palavras para exprimir a emoção do encontro com o Papa na Celebração Eucarística da Catedral do Rio de Janeiro, neste 27 de julho...
 
Primeiro, o convite gentil e a acolhida fraterna, bem franciscana, das Irmãs Clarissas da Gávea, para eu estar com elas e ter a possibilidade de participar de momento tão importante, dos  Bispos, sacerdotes, religiosos e seminaristas com o Papa, uma experiência ímpar, extraordinária, quase divina...
 
Depois, já na Catedral, vivendo a alegre expectativa de sua chegada, o encontro feliz com tantos amigos... E de repente, a surpresa de Deus: o Papa Francisco, aclamadíssimo pelo povo, adentra o sagrado recinto, por entre gritos de júbilo, festa e alegria... Eu, que estava atrás dos Bispos, encostada à grade de proteção, fui percebida por seu olhar, à indicação de Dom Orani Tempesta, que o acompanhava. Francisco parou à minha frente, me abraçou, apertou minhas mãos, me olhou terna e longamente, enquanto eu lhe cantava “Francisco, no abraço do Redentor”, com a ajuda de algumas vozes sacerdotais, que a meu lado, me apoiavam, segurando também as mãos do Papa. Uma cena marcante, inexprimível, inesquecível!
 
Semelhante experiência do olhar de Jesus eu havia feito no meu retiro inaciano, em Itaici... que aliás se fez canto, gravado no CD “Solidão Sonora / Em Busca de Deus”... Indizível, portanto! Uma ternura tal, um quase inclinar do coração para ver e ouvir com os olhos e ouvidos do coração! Eu vi, senti, experimentei o olhar de Deus nesse olhar quase lacrimejante de Francisco, pois ele penetrou tão profundamente em meu ser, que jamais se apagará esta imagem... Foi um verdadeiro toque de Jesus Cristo, uma força divina que se fez visível no olhar, nas mãos, nos gestos do homem de Deus!... Oxalá se faça mais vida em mim e me transforme, me converta um pouco mais, fazendo-me  também misericórdia, solidariedade e amor para com meus irmãos!... Sim, porque se nos sentimos amados por Deus, fazendo a experiência do seu amor compassivo, é para que também o sejamos com o próximo, deixando-nos surpreender sempre de novo por esse amor terno e fiel do Senhor!

Assim, o que na casa da Mãe Aparecida cantei com a multidão, à chegada e à saída do Papa, na Catedral do Rio foi tão pessoal e íntimo, tão suave e silencioso, que o momento não foi registrado por câmara de televisão nem sequer por máquina fotográfica... Tinha que ser assim: o que acontece de mais sagrado na gente é apenas registrado pelo coração, fica longe da mídia, para que não se perca a essência da intimidade. Mas as lágrimas de alegria e emoção por este momento de graça ainda teimam em molhar as faces, regando e fecundando minha vida toda e toda a minha vida!

Também eu, como todos nós brasileiros, abençoados por esta presença extraordinária, já estou sentindo saudades... E canto no coração aquele refrão que compus e cantei, comovida às lágrimas, quando, no final da minha experiência de três meses em Moçambique, me despedi do povo de Deus, em maio de 2011: “Vou sentir saudades, vou chorar de amor”... Gravado no CD “Cantarei ao meu Senhor”, com a Paulus, este meu canto cabe agora  na voz do povo todo, à despedida do amado Papa Francisco, mas cujo coração continua no nosso, e o nosso, no seu!...

 
 
 
 

Obs: A foto que consegui tirar do Papa é de rara beleza, por isso partilho-a com os irmãos e amigos, além de algumas outras, que registram nossos momentos de céu e puro encantamento... Veja o álbum completo na Galeria de Fotos!
 
Ir. Miria T. Kolling

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